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EM DEFESA DOS EXCLUÍDOS!!!

EM DEFESA DOS EXCLUÍDOS!!!

Indiferentes aos problemas alheios a sociedade caminha pelas ruas sem sequer olhar para os infelizes excluídos e abandonados pelo poder público que pouco ou quase nada fazem por essas vitimas cruéis do infortúnio que vive a perambular pelas ruas sem que tenham sequer a certeza de uma refeição diária, e na luta incansável pela sobrevivência muitas vezes recorrem às drogas tornando-se viciados.

É comum hoje em qualquer cidade se ver meninos e meninas pelas praças calçadas e avenidas cheirando cola ou usando qualquer outro tipo de entorpecente para assim ter a sensação de alivio da fome que os atormentam diariamente.

Isso os deixa agressivos com os transeuntes pedindo, exigindo e até ameaçando na tentativa de angariar alguns míseros centavos para que possa assim adquirir um pão para que amenize a fome impertinente.

Os transeuntes por sua vez se defendem evitando a aproximação mudando o trajeto ou simplesmente ignoram os seus apelos e seguem em frente sem se dar conta que aqueles seres humanos não são culpados de viverem jogados ao relento e entregues a própria sorte numa situação deplorável.

Os que detêm o poder nas mãos e poderiam fazer algo já que se trata de um grave problema social não dispõem de tempo e nem se interessam pelo caso porque estando com as rédeas do poder tornam-se egoístas e ambiciosos cuidando dos próprios interesses.

Resta o poeta lamentar e expressar seu manifesto em forma de poema colocando-se no lugar desses infelizes.

Confira abaixo!!!

A SAGA DO MENOR ABANDONADO!!!

Sou um infeliz que vivo
Ao relento ao abandono
Sem carinho nem lenitivo
Igualmente um cão sem dono
Perambulando na rua
Com a pele seminua
Passando fome e com frio
Não tenho cama e nem rede
Durmo num pé de parede
Bebo água suja do rio

Nesse mundo que pra tantos
É um jardim florido e belo
Vivo derramando prantos
No mais terrível flagelo
Sem um teto pra guarida
Assim nessa sobrevida
Sou excluído e sem sorte
Com um passado obscuro
Com um presente inseguro
Temendo a precoce morte

Analisando a mim mesmo
Meu futuro é incerteza
Pois quem vive assim a esmo
Na mais extrema pobreza
Não desfruta do afã
De pensar num amanhã
Com um futuro promissor
Nem conhece essa matéria
Pois descende da miséria
E dos laços do desamor

Pois eu sequer imagino
O que é amor fraternal
Pelo irônico destino
No encontro de um casal
Gerou-se esse infeliz feto
Num despreparo completo
E por casualidade
De formas fúteis banais
Só por instintos carnais
Alheio a paternidade

Meus pais não foram culpados
Por esses meus desenganos
Eram míseros flagelados
Mas como seres humanos
Não continham seus desejos
E entre caricias e beijos
Igual toda humanidade
Mesmo sendo miseráveis
Tinham instintos desejáveis
Pela sexualidade

Em circunstâncias precárias
Minha vida foi gerada
Só mais uma entre várias
Gravidez indesejada
Sem planejamento ou prazo
Simplesmente por acaso
Eu já era um desconforto
Pra uma mãe adolescente
Que pensava plenamente
Em praticar o aborto

Um embrião alojado
No seio de um ventre fecundo
Que já era rejeitado
Antes de chegar ao mundo
Pra obter seu espaço
Já amargava o fracasso
Esse ente sofredor
Que teve a infelicidade
De ser só fatalidade
E não um fruto do amor

Não é mole viver assim
Nessa cruel vida minha
Sou assaltante mirim
Cheira cola trombadinha
É triste a situação
Mas existe uma razão
Desse meu viver atroz
Ninguém quer ser infeliz
Mas vivemos num país
Que não temos vez nem voz

Se as riquezas da Nação
Fossem bem distribuídas
Resolveria a questão
Das pessoas excluídas
Que enfrentam esse castigo
De viver em desabrigo
Em marquise de calçada
Ou em imundos recantos
Vendo uns milhares com tantos
E outros milhões sem ter nada

É dura a realidade
Para quem vive assim
Peço pra sociedade
Que olhe um pouco por mim
E se puder me ajude
Pra que alcance a virtude
De ser feliz e normal
Caminhando alegremente
Tratado condignamente
Sem que seja um marginal!!!

Carlos Aires

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