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LINDA PAISAGEM DA PEDRA DO MARTELO
EM CAJAZEIRAS BEZERROS PE.
EM CAJAZEIRAS BEZERROS PE.

VIDA DE SERTANEJO!!!
Esses sertões nordestinos se contrastam em vários momentos, existe a imagem daquele sertão sofrido onde sertanejos famintos e sedentos vêem-se obrigados a migrar para terras distantes em busca da fundamental sobrevivência, sendo obrigados a deixarem pra traz a sua terra querida, aquele pedaço de chão que o viu nascer e onde viveu a duras penas, até que chega o infeliz dia em que tem que pegar seu matulão jogar nas costas juntar a mulher e os filhos e partir para outras terras distantes e desconhecidas sem saberem se algum dia voltarão a viver, ou até rever novamente aquele seu berço querido de onde a seca malvada e inclemente o pôs pra fora para sobreviver precariamente nas periferias das grandes cidades onde por vezes se descaracteriza perdendo os costumes e as tradições do lugar que habitava.
Ou por outra se marginalizando quando entra em contato com mau caráter que se aproveita da ingenuidade peculiar do homem da roça e o transforma em marginal, bandido ou simplesmente numa “mula” no mundo infernal do trafico de drogas.
Mas por outro lado existe aquele sertão festeiro e divertido de um povo alegre e hospitaleiro, que divide um pedaço de rapadura com um copo d’água de barreiro com qualquer visitante que apareça em sua humilde casinha de taipa, e depois lhe oferece uma singela e acolhedora dormida sobre uma esteira de junco ou palha de bananeira sobreposta no piso de chão batido da sua simples mas acolhedora moradia, e lhe dá pra se cobrir um frágil lençol feito de tecido de sacas de açúcar, apesar do aparente ambiente de pobreza absoluta tudo é oferecido com a maior sinceridade e pureza de coração.
Ou mesmo que se hospede na casa de um daqueles fazendeiros de raízes verdadeiramente sertanejas que além de oferecer uma farta janta com as comidas típicas da culinária sertaneja nordestina, o abrigam em pomposas redes com ricos e espessos cobertores de algodão bem instalados no alpendre com varanda do casarão da fazenda.
Em qualquer um dos dois casos o bem sucedido visitante vai ter a oportunidade de acordar respirando um ar puro sem nenhum resquício de poluição, apreciar a linda paisagem da serra embasada de neblina, degustar um leitinho quente tirado na hora do peito da vaca tomar um bom banho de cachoeira ou de açude e ainda ter o privilégio de ouvir o cantar de centenas de pássaros de espécies diferente, além de conviver com a pureza e a simplicidade do nosso povo genuinamente sertanejo.
Pensando nessas maravilhas, fiz o poema abaixo em forma de convite para aquele que quiser conferir de perto e desfrutar desse paraíso chamado Sertão Nordestino.
Vem comigo ver tudo isso de perto!!!!!!!!!!!
VEM VER COMO A VIDA É BELA
VIVIDA NO MEU SERTÃO!!!
Oh, seu moço da cidade
Quem vive de fino trato
Vem ver a felicidade
Que se sente aqui no mato
Logo ao amanhecer do dia
Respirando a brisa fria
Pura, sem poluição
Comer com a mão, na panela
Vem ver como a vida é bela
Vivida no meu sertão!!
Vem ouvir a melodia
De um vaqueiro caprichoso
Que solta um aboio saudoso
Cheio de melancolia
Sentindo a alma vazia
Ele enche o seu pulmão
Canta uma linda canção
E conquista a jovem donzela
Vem ver como a vida é bela
Vivida no meu sertão!!
Vem andar pela campina
Vem beber água da fonte
Que nasce naquele monte
Pura, limpa e cristalina
Vem te banhar nessa mina
Que sai de dentro do chão
Faz bem pra o teu coração
E cura qualquer mazela
Vem ver como a vida é bela
Vivida no meu sertão!!
Vem cá escovar teu dente
Com raspa de juazeiro
Depois sentar no batente
Sob a luz de um candeeiro
Cantar e contar piada
Com uma viola afinada
Declamar uma canção
Da maneira mais singela
Vem ver como a vida é bela
Vivida no meu sertão!!
Vem ver a Lua de prata
Todo o campo prateando
Lá bem distante zoando
Ouve-se o vento na mata
Vem ver uma vaquejada
Fazer uma farinhada
Cavalgar num alazão
Montar no pelo sem sela
Vem ver como a vida é bela
Vivida no meu sertão!!
Vem ver a simplicidade
Do meu povo aqui da roça
Sem luxo e nem vaidade
Morando numa palhoça
Bem distante da cidade
Sem saber da novidade
De rádio ou televisão
Sem precisar ver novela
Vem ver como a vida é bela
Vivida no meu sertão!!
Vem ver como o galo canta
No romper da madrugada
E vem ver se não se encanta
Com o cantar da passarada
Vem ver nossa flor campestre
Com a sua beleza agreste
Cobrir toda a região
Na mais perfeita aquarela
Vem ver como a vida é bela
Vivida no meu sertão!!
Vem ver como é belo o porte
Do matuto sertanejo
Comendo alimento forte
Coalhada, cuscuz e queijo
Carne de bode e buchada
Ovos, leite, carne assada
Mel de abelha e requeijão
E galinha a cabidela
Vem ver como a vida é bela
Vivida no meu sertão!!
Vem ver a cabocla linda
Que tem a cor da romã
Que banha-se na fonte ainda
Todo dia de manhã
Sua pele é bronzeada
Sem ir à praia, nem nada
Atingiu a perfeição
Contemple a beleza dela
Vem ver como a vida é bela
Vivida no meu sertão!!
Você, seu moço e doutor
Mas não conhece a beleza
E nesse seu computador
Sentado aí nessa mesa
Vai e volta, sobe e desce
Quer se livrar desse estresse?
Siga a minha sugestão
Sai da frente dessa tela
Vem ver como a vida é bela
Vivida no meu sertão!!
Carlos Aires
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